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Bolsonaro considerado autor moral das invasões em Brasília

A Comissão Parlamentar de Inquérito apresentou o relatório final, onde considera que o antigo Presidente brasileiro foi o líder do movimento que levou a cabo a invasão dos três poderes, no dia 8 de janeiro.

Ivani Flora

O senado brasileiro aprovou o relatório da comissão parlamentar de inquérito à invasão de Brasília, no em janeiro. Jair Bolsonaro é considerado autor moral da tentativa de golpe de Estado.

Depois de mais de cinco meses de trabalhos, foi conhecido o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito, criada para investigar os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Inclui as sessões de mais de 20 pessoas, que, desde o início, ficaram marcadas por ânimos acirrados e muitos ataques e ameaças.

O relatório, com mais de 1.300 páginas, foi apresentado pela senadora do Partido da Social Democracia. Acusa Jair Bolsonaro de ter sido o autor moral e intelectual dos ataques que aconteceram uma semana depois da posse do presidente Lula da Silva, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos três poderes, em Brasília.

Foram incluídos nas investigações os recorrentes ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral, o não reconhecimento do resultado das eleições pelo ex-Presidente, os bloqueios de rodovias e movimentos em frente os quartéis após a derrota nas urnas e os ataques terroristas, que envolveram a tentativa de explosão de uma bomba num caminhão de combustível no final de dezembro.

Foi criada uma espécie de linha do tempo de uma tentativa de golpe.

No documento é ainda afirmado que Bolsonaro foi o líder do movimento e que pediu o seu indiciamento e de mais 61 pessoas e de figuras-chave do antigo Governo. O relatório foi aprovado com 20 votos favoráveis e 11 contra.

O relatório que apontou Jair Bolsonaro como figura central dos ataques, agora será encaminhado para a análise do Ministério Público .Já há outros inquéritos no Supremo Tribunal Federal sobre o suposto envolvimento do ex-Presidente e integrantes de seu Governo nos atos do dia 8 de janeiro.

Bolsonaro já está inelegível pelos próximos oito anos pela condenação por abuso de poder político.

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