O ministro da Justiça da Bélgica apresentou esta sexta-feira a demissão na sequência do ataque em Bruxelas, reivindicado pelo Daesh, que fez dois mortos.
“Quero assumir a minha responsabilidade política. Não estou à procura de desculpas. Esta nova informação do Ministério Público atinge-me no coração, porque fiz o meu melhor para melhorar a Justiça”, afirmou Vincent Van Quickenborne, citado pela agência de notícias Belga.
Em causa está a informação de que, em agosto do ano passado, a Tunísia solicitou a extradição de Abdesalem Lassoued, o autor do ataque, mas não foi dado seguimento ao processo.
“Trata-se de um erro individual, monumental e inaceitável com consequências dramáticas”.
O ataque, na noite de segunda-feira, vitimou dois suecos. Os dois foram mortos a tiro e o suspeito - que se colocou em fuga - foi abatido pelas autoridades na terça-feira.
No mesmo dia, o Daesh reivindicou a autoria do ataque. O autor do crime - Abdesalem Lassoued - era um cidadão da Tunísia, de 45 anos, cujo pedido de asilo tinha sido rejeitado em 2020, mas que continuou a viver ilegalmente na Bélgica.
Terrorista de Bruxelas esteve detido em Portugal
Abdeslam Lassoued tinha sido detetado ilegalmente em Portugal a outubro de 2015. O SEF pediu a sua detenção e expulsão do território nacional, mas o juiz que o ouviu decretou apenas Termo de Identidade e Residência, sendo também obrigado a apresentar-se semanalmente às autoridades.
Depois, o tunisino fugiu.