Vitaliy Venislavskyy, especialista em História Militar, explica que a União Europeia demora mais tempo que os Estados Unidos a definir uma posição em relação à guerra entre Israel e o Hamas porque é um "gigante burocrático". Na SIC Notícias, diz que o Presidente Joe Biden vai a Israel para mostrar "vitórias diplomáticas".
"A União Europeia é um ator em termos globais que demora mais tempo para definir uma posição conjunta. Precisa do Conselho de 27 Estados-membros. É um gigante burocrático, refém da sua própria burocracia", esclarece.
Na SIC Notícias, o especialista refere que os líderes têm uma interpretação diferente do conflito, o que é "correto", uma vez que "é assim que a democracia funciona".
No entanto, destaca que é importante "saírem resultados concretos de linhas de ação" da reunião extraordinária do Conselho Europeu desta terça-feira.
Israel "perdeu o tempo ideal" para ofensiva terrestre
Por outro lado, Vitaliy Venislavskyy considera que Israel "perdeu o tempo ideal" para a ofensiva terrestre em Gaza. Porquê? Devido à pressão internacional e pelas consequências geopolíticas. O esforço internacional quer "defender os civis dos ataques" e evitar que o conflito escale para "proporções muito perigosas".
"Na melhor das hipóteses, Israel não vai ser bem recebido. Na pior das hipóteses, torna-se um conflito além-fronteiras".
Visita de Joe Biden a Israel
O especialista em História Militar considera que a visita do Presidente dos Estados Unidos a Israel, na quarta-feira, significa que, à partida, a ofensiva terrestre poderá não começar. Além disso, mostra "algumas vitórias em termos diplomáticos".