O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, avisa Israel que privar civis de terem acesso a água, comida e combustível é “um castigo coletivo inaceitável”.
Gomes Cravinho assina esta terça-feira um artigo de opinião no jornal Público, intitulado “A urgência no regresso à diplomacia”, no qual reconhece o direito à defesa das forças israelitas e condena os ataques do Hamas, mas escreve que “não há vidas mais sacrossantas do que outras”.
Se a defesa por parte dos israelitas inclui o direito à eliminação da capacidade militar do Hamas, que constitui uma ameaça ao Estado de Israel, o ministro entende que é igualmente certo o direito do povo palestiniano à paz e à segurança.
Para João Gomes Cravinho, falhar nessa ideia é abrir as portas à barbárie e cometer um trágico erro de ver na violência a solução para o conflito porque “não é possível atingir a paz sustentável e duradoura pela via militar”.
"As tragédias a que temos assistido nos últimos dias convocam-nos a um regresso urgente à via diplomática. A alternativa – mais violência atroz e mortes injustas – não é, na realidade, uma opção. Mais do que nunca, precisamos hoje de diplomacia e diálogo.", conclui.