A situação na Faixa de Gaza é cada vez mais difícil, sobretudo nos cerca de 30 hospitais da região. Muitos já fecharam e, os que ainda estão a funcionar, têm falta de médicos e de material.
Aos hospitais de Gaza continuam a chegar dezenas de pessoas em busca de ajuda que os poucos médicos não estão a conseguir dar. Há falta de pessoal, de material, de medicamentos.
Os ferimentos são, muitas vezes, muito graves, e as equipas de socorro fazem o que podem.
Os doentes e feridos ficam no chão, em corredores, para desespero das famílias e dos que os tentam ajudar.
O ministério da saúde da Palestina diz que 60% das vítimas da retaliação israelita, são mulheres e crianças. As morgues já não têm lugar para os corpos, que ficam alinhados na rua, em frente às entradas das urgências, para que os familiares os possam identificar e levar.
Os muçulmanos acreditam que os mortos devem ser enterrados o mais rapidamente possível. Até porque o Islão não contempla a possibilidade de embalsamento ou de cremação.
As equipas de socorro que andam nas ruas a tentarem ajudar quem está ferido ou doente, também já não conseguem dar resposta a todos os pedidos. Não há pessoal, nem ambulâncias suficientes e, as que circulam já começam a ter problemas para se abastecerem por causa da falta de combustível, consequência do bloqueio israelita.
A Organização Mundial da Saúde e os Emirados Árabes Unidos anunciaram o envio de aviões com ajuda médica urgente que será transportada para a Faixa de Gaza, através da passagem fronteiriça de Rafah, a ligação com o Egito, a única que não é controlada por Israel.
A Turquia, a Jordânia, o Iraque e o Crescente Vermelho Egípcio também têm ajuda a caminho. Mas o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza, e o risco de uma escalada da violência, estão a travar a chegada dos camiões.