Vários ativistas acusam a polícia moral do Irão (polícia religiosa islâmica) de agredir uma jovem de 16 anos por não estar vestida com o hijab - véu islâmico - numa estação de metro.
A adolescente ficou com ferimentos graves, acabando por entrar em coma. No entanto, as autoridades iranianas e os pais da jovem já disseram que Armita Geravand foi hospitalizada devido à pressão arterial baixa.
Os pais da jovem disseram aos jornais regionais que a sua filha deve ter batido a cabeça depois de desmaiar de pressão baixa enquanto estava a caminho da escola, mas que não haviam sinais nos vídeos divulgados de que Geravand foi agredida, avança a CNN Brasil.
A Organização Hengaw para os Direitos Humanos acusou a jovem de ser “agredida” pela polícia moral e, por isso, está em coma desde o passado domingo. Porém, a rede IranWire disse ter obtido informações de que Armita foi internada no hospital com traumatismo craniano.
“Antes da sua chegada à estação de metro, a polícia moral aproximou-se dela e solicitaram que ajustasse o seu hijab. Este pedido resultou numa grave agressão física”, disse Awyer Shekhi, funcionário da Hengaw, à CNN.
“Depois desse confronto, ela conseguiu entrar no metro, mas desmaiou mais tarde”, acrescentou Shekhi.
Veja o vídeo:
O Presidente iraniano já tinha avisado que as mulheres que não usam o hijab são "umas inconscientes" a quem é necessário "consciencializar" para que se cubram de novo.