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Polícia moral do Irão acusada de espancar jovem por não usar hijab no metro

A adolescente de 16 anos está em coma desde o passado domingo. Muitas mulheres iranianas deixaram de usar o obrigatório véu islâmico como forma de protesto e desobediência civil desde a morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini.

Reprodução// X (antigo Twitter) Jason Brodsky

SIC Notícias

Vários ativistas acusam a polícia moral do Irão (polícia religiosa islâmica) de agredir uma jovem de 16 anos por não estar vestida com o hijab - véu islâmico - numa estação de metro.

A adolescente ficou com ferimentos graves, acabando por entrar em coma. No entanto, as autoridades iranianas e os pais da jovem já disseram que Armita Geravand foi hospitalizada devido à pressão arterial baixa.

Os pais da jovem disseram aos jornais regionais que a sua filha deve ter batido a cabeça depois de desmaiar de pressão baixa enquanto estava a caminho da escola, mas que não haviam sinais nos vídeos divulgados de que Geravand foi agredida, avança a CNN Brasil.

A Organização Hengaw para os Direitos Humanos acusou a jovem de ser “agredida” pela polícia moral e, por isso, está em coma desde o passado domingo. Porém, a rede IranWire disse ter obtido informações de que Armita foi internada no hospital com traumatismo craniano.

“Antes da sua chegada à estação de metro, a polícia moral aproximou-se dela e solicitaram que ajustasse o seu hijab. Este pedido resultou numa grave agressão física”, disse Awyer Shekhi, funcionário da Hengaw, à CNN.

“Depois desse confronto, ela conseguiu entrar no metro, mas desmaiou mais tarde”, acrescentou Shekhi.

Veja o vídeo:

O Presidente iraniano já tinha avisado que as mulheres que não usam o hijab são "umas inconscientes" a quem é necessário "consciencializar" para que se cubram de novo.

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