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Amostras de asteroide chegam hoje à Terra - se tudo correr bem

Se tudo correr como previsto, a cápsula da NASA vai aterrar às 08:55 locais (15:55 em Lisboa) no deserto de Utah, com transmissão em direto.

A pequena mancha no centro é a primeira imagem de uma nave espacial a caminho de casa, carregando consigo uma amostra de um asteroide com centenas de milhões. A nave é a OSIRIS-REx da NASA, o asteroide é Bennu. No domingo, 24 de setembro, a missão lançará a sua amostra rochosa para cair na atmosfera da Terra e aterrar em segurança no deserto do Utah dos EUA.

Catarina Solano de Almeida

Uma cápsula da NASA deve hoje aterrar no deserto de Utah, após uma viagem espacial de sete anos. Traz rochas e poeira do asteroide Bennu, que promete proporcionar informações únicas sobre a formação do sistema solar.

  • Acompanhe aqui em direto a partir das 15:55:

É o fim de uma jornada que começou há sete anos: a primeira e maior amostra de asteroide recolhida pela NASA, deve pousar no domingo no deserto de Utah, nos Estados Unidos.

A descida final através da atmosfera terrestre promete ser perigosa, mas a agência espacial norte-americana tem esperança numa chegada tranquila, por volta das 9h00, hora local (16h00 em Lisboa), a uma área militar normalmente usada para testes de mísseis.

Após descolar em 2016, a sonda Osiris-Rex recolheu pedras e poeira do asteroide Bennu em 2020.

Serão cerca de 250 gramas de material, segundo estimativa da NASA, que deverão "ajudar-nos a compreender melhor os tipos de asteroides que podem ameaçar a Terra", e lançar luz sobre "o início da história do nosso sistema solar". sublinhou o chefe da agência espacial, Bill Nelson.

Manobra perigosa

Mas antes de aceder à preciosa carga, a manobra a realizar é perigosa.

A sonda Osiris-Rex deve libertar a cápsula que contem a amostra quatro horas antes da aterragem, a mais de 100 mil km da Terra.

Durante os últimos 13 minutos, esta cápsula cruzará a atmosfera: entrará a mais de 44.000 km/h com uma temperatura que poderá alcançar 2.700°C.

A queda, observada pelos sensores do exército, será retardada por dois paraquedas sucessivos e é essencial que sejam acionados corretamente para evitar uma “aterragem forçada”.

Poderá ser decidido no último momento não libertar a cápsula se parecer que não será alcançada a área alvo (58 por 14 km). Nesse caso, a sonda terá de dar a volta ao Sol, antes de tentar a sorte novamente em 2025. Mas se a sua entrega correr bem, partirá para outro asteroide.

Com agências, ESA e NASA

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