Marrocos registou, na manhã desta quinta-feira, um novo sismo de grau 4.6 e duas réplicas de 3 na escala de Richter. Os abalos foram bastante sentidos, juntando-se a dezenas de outros desde o terramoto de sexta-feira que provocou devastação e morte na região do Alto Atlas perto de Marraquexe.
Na montanha, os segundos são contados de coração nas mãos. Entre sismos e réplicas, a procura é pelo lugar certo para estar em segurança.
A aldeia de Tougga El Khair Anougal, encaixada na cordilheira do altas, parece ter sido miraculosamente poupada às constantes fúrias da terra que esta quinta-feira voltou a descarregar tensão.
“Foi muito forte, as casas abanaram assim, e nós tivemos muito medo outra vez”, afirmou um habitante da aldeia.
A cada novo registo, de maior ou menor magnitude, que já se contam às dezenas, ficam os estragos e a população mais afetada, e a palavra medo é a mais escutada.
"Claro que nós temos muito medo, mas as coisas que vêm de Deus nós recebemos bem. As casas estão todas rachadas e quase a cair, por isso tivemos de sair", explica outro morador daquela região.
O sismo de dia 8 já vitimou mortalmente quase 3 mil pessoas, de acordo com o último balanço do Governo marroquino. O número oficial de feridos ainda não parou de aumentar: já ultrapassou os 5.500.