À medida que os dias passam e a ajuda vai chegando às cerca de 250 povoações. A SIC esteve, esta quarta-feira, em Imi i'sli, onde quase metade dos habitantes morreram.
São cerca de 300 metros de destruição total, de um lado e do outro da aldeia Imi i'sli. Não há uma única casa de pé. Mas nem é a perda das habitações o maior problema. São as pessoas. Dos 203 habitantes, quase metade morreram.
Ajadi perdeu a avó, a irmã, os sobrinhos e vários outros familiares. Tifaut Bashir perdeu todos os filhos.
“Os meus filhos morreram todos. Todos… Só eu e o meu pai sobrevivemos . Não temos casa, não temos um teto onde nos abrigarmos”, disse Tifaut Bashir.
A estrada esteve bloqueada. Só ao quarto dia chegou ajuda, mas foi tarde demais para demasiados.
Ajadi ficou ferido num pé, mas é o coração partido que lhe dói. Tem escavado como pode, mas já não tem a esperança de resgatar alguém com vida. Apenas quer recuperar os corpos.
O abalo do sismo até poderia ter deixado algumas casas de pé, mas foi o que se seguiu que arrasou a aldeia. Um bloco gigante com parte da montanha desabou, arrastando com ele as casas e engolindo a estrada. Atras dele, outros desmoronamentos. A violenta trepidação do solo fez o resto.