Portugal está pronto para enviar uma equipa multidisciplinar para Marrocos, para ajudar nas operações de busca e salvamento, depois do sismo de magnitude 6,8 na escala de Richter que atingiu o país na noite desta sexta-feira. O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, afirma à SIC Notícias que “aguardam o pedido de Rabat.
“Estamos a aguardar o pedido de apoio. Logo pela manhã [deste sábado] pudemos comunicar às autoridades de Proteção Civil [marroquinas] que já acusaram a receção dessa manifestação de apoio e agradeceram”, afirma o ministro.
Enquanto aguarda o pedido oficial de apoio, Portugal tem já uma equipa multidisciplinar, com elementos da Proteção Civil, GNR e INEM, pronta para partir para Marrocos. O transporte ficará a cargo da Força Aérea Portuguesa.
O número de elementos a integrar esta equipa “vai ficar dependente do que seja o pedido de apoio das autoridades marroquinas”, acrescenta o ministro.
Além da projeção do apoio “no plano da nossa amizade e cooperação com Marrocos”, Portugal está também disponível para integrar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, num ação conjunta com os 27 Estados-membros da União Europeia.
Portugal está preparado para um sismo?
Questionado se Portugal está pronto para responder a um sismo como o que atingiu Marrocos, esta sexta-feira, o ministro da Administração Interna afirma que não é um “momento oportuno” para realizar esse tipo de análises.
José Luís Carneiro lembra que a Proteção Civil tem mantido um trabalho constante de planeamento e prevenção, tanto no quadro nacional, como no europeu e no das Nações Unidas.
“Numa altura em que estamos a trabalhar na preparação de uma força para projetar e mobilizar não seja o momento oportuno para podermos desenvolver um diálogo sobre o que tem vindo a ser feito e o que deve continuar a ser feito para termos de sistemas de Proteção Civil e dos cidadãos e cidadãs cada vez mais capacitados para circunstâncias desta natureza”, afirma o ministro.
O governante lembra ainda que está a chegar “uma época em que os tornados, furacões e intempéries batem à porta” e destaca a necessidade de divulgar a informação e sensibilizar os cidadãos.