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Prédio que ardeu em Joanesburgo era gerido por gangues criminosos

As autoridades sul-africanas continuam à procura de pistas para identificar muitos dos corpos das mais de 70 vítimas do fogo que fez arder por completo o edifício. Algumas das imagens que se seguem podem chocar os espetadores.

SIC Notícias

O prédio que ardeu na madrugada desta quinta-feira é apenas um de 600 semelhantes na cidade. Chamam-lhes, em Joanesburgo, edifícios sequestrados. Os gangues criminosos ocupam à força e depois alugam o espaço aos mais pobres, quase sempre imigrantes, sem capacidade financeira para melhor.

No prédio que ardeu, os moradores viviam num labirinto de barracas, erguidas de forma precária, sem luz, água ou esgotos.

O incêndio terá começado precisamente à conta duma vela usada por alguém para combater a escuridão.

Os incêndios, não só em Joanesburgo mas noutras cidades, são comuns em prédios sem regras a não ser as que os criminosos impõem, mas nunca tinham matado tantas pessoas de uma só vez.

Quase todas as vítimas, entre as quais muitas crianças, são migrantes, pobres e sem documentos. A maior parte dos corpos ficaram irreconhecíveis.

Esta sexta-feira, alguns apoiantes do ANC, o partido no poder, deslocaram-se ao prédio para homenagear as vítimas com cânticos, mas foram vaiados por sobreviventes e familiares dos que morreram no incêndio.

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