O antigo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) vai começar a ser julgado em 2024, ano de eleições presidenciais no país. Em causa está a tentativa de anulação do resultado das eleições de 2020, que colocaram Joe Biden no poder.
A decisão conhecida esta segunda-feira, que foi tomada pela juíza norte-americana Tanya Chutkan, significa que o antigo chefe de Estado dos EUA será julgado por, pelo menos, três casos durante a sua, já assumida, corrida à Casa Branca. A data de um quarto processo ainda não foi decidida.
De acordo com a agência Reuters, os representantes legais de Trump tinham pedido que o julgamento fosse marcado para abril de 2026, dois anos depois das presidenciais marcadas para novembro do próximo ano, alegando que necessitavam de mais tempo para analisar as quase 13 milhões (12.8) de páginas de provas que o Governo reuniu.
"A data proposta pela defesa, abril de 2026, está muito para além do que é necessário", justificou a juíza Tanya Chutkan, citada pela Reuters.
A data em que irá comparecer em tribunal - 4 de março - coincide com a campanha para as primárias republicanas. A 5 de março realiza-se a ‘Super Tuesday’ (Super Terça-Feira, português), dia em que os republicanos votam em 16 Estados norte-americanos.
Outros processos criminais
Para além deste processo, o magnata norte-americano será julgado em Nova Iorque, a 25 de março de 2024, sob a acusação criminal de, alegadamente, ter ocultado um pagamento a Stormy Daniels, atriz de filmes pornográficos.
Dois meses depois, a 20 de maio, na Flórida, Trump responderá por alegada retenção de documentos confidenciais da Casa Branca, aquando da sua saída do poder.
O quarto processo criminal em que o antigo líder dos EUA está envolvido tem como base a alegada tentativa de interferência eleitoral na contagem de votos do Estado da Geórgia, durante as eleições de 2020.
Trump entregou-se às autoridades na passada semana
Trump apresentou-se na quinta-feira numa cadeia da Geórgia, sobre este caso, posando para a primeira foto policial de um ex-Presidente dos EUA na história norte-americana.
Trump alega inocência em todas as acusações, dizendo que as investigações têm motivação política e são uma tentativa de interferência para o impedir de regressar à Casa Branca.