Há uma nova teoria sobre a identidade de Jack, o Estripador: Sarah Bax Horton, familiar de um polícia que investigou o caso no século XIX, encontrou várias semelhanças entre os relatos das testemunhas e um homem que viveu em Londres, Inglaterra, na mesma época que ocorreram os homicídios.
Sarah Bax Horton começou a investigar os crimes de Jack, o Estripador quando descobrir que o seu tetra-avô, que era polícia, também participou na investigação destes casos. As conclusões a que chegou apontam, todas elas, para uma pessoa: Hyam Hyams
Em declarações ao The Telegraph, a antiga colaboradora da polícia explica que Hyams viveu na mesma zona e período que Jack, o Estripador e tinha várias semelhanças físicas e mentais com os relatos feitos pelas testemunhas à época.
Além de problemas com alcoolismo, Hyams sofria de epilepsia e paranoia,. Foi inclusive detido pelas autoridades por agressões à mulher e à mãe com “um cutelo”. O homem, que na altura teria 35 anos, trabalhava numa fábrica de charutos, o que significa que tinha bons conhecimentos sobre o uso das facas.
Os homicídios associados a Jack, o Estripador pararam no ano de 1889, na mesma altura – segundo Sarah Bax Horton – em que Hyams foi considerado um “lunático errante” pelas autoridades, tendo sido levado para um asilo.
As semelhanças físicas e mentais
As semelhanças físicas entre Jack, o Estripador e Hyam Hyams também despertaram a atenção de Sarah Bax Horton. Nos depoimentos das testemunhas é referido que Jack tinha uma forma estranha de andar e que um dos braço do homicida estava imobilizado.
Segundo os dados médicos de Hyams, o homem tinha sofrido um ferimento no braço esquerdo que fazia com que não o conseguisse “dobrar ou estender”. Além disso, também não conseguia esticar os joelhos – o que fazia com que arrastasse os pés a caminhar.
“Nos documentos, diz que as testemunhas afirmam que ele tinha um caminhar peculiar. Ele tinha os joelhos fracos e não conseguia esticar completamente as pernas”, explica a ‘detetive’. “Quando ele andava, tinha um tipo de andar arrastado, o que provavelmente era um efeito secundário de danos cerebrais como resultado da epilepsia”.
Também a altura e o formato do corpo de Hyams eram semelhantes às descrições que existem de Jack, o Estripador.
Além das semelhanças físicas, também o declínio mental de Hyams coincide com as datas dos assassinatos: “O percurso de escalada coincide com um aumento de violência nos assassino”, afirma Sarah Bax Horton ao The Telegraph.
“Ele era particularmente violento depois dos episódios de epilepsia severos, o que explica a periodicidade dos assassínios”, acrescenta.
Não é a primeira vez que Hyams é suspeito
O nome Hyam Hyams já tinha sido associado a Jack, o Estripador, no entanto as autoridades acabaram por descartar este suspeito. Sarah Bax Horto afirma que o homem foi mal-identificado pela polícia.
“Quando eu tentei identificar Hyam Hyams corretamente, encontrei cinco. Deu muito trabalho para identificar os dados da sua biografia correta”, explica.
Por essa razão, as autoridades poderão “nunca ter explorado completamente” a possibilidade de Hyams ter sido Jack, o Estripador. Em acrescento, os dados referentes a pacientes de asilos mantiveram-se confidenciais até 2013 e 2015, pelo que não havia informação suficiente sobre o indivíduo.
Jack, o Estripador foi um assassino em série que matou e esventrou várias prostitutas na zona londrina de Whitechapel, no ano de 1888. A identidade do assassino nunca foi desvendada.