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França em alerta máximo para confrontos e motins no Dia da Bastilha

Milhares de pessoas, entre franceses e turistas, são esperados nas ruas de várias cidades francesas esta sexta-feira, para as celebrações do dia nacional do país.

SIC Notícias

Milhares de turistas já se encontram em Paris para assistirem ao tradicional espetáculo de fogo de artifício, lançado da Torre Eiffel, que assinala as comemorações do dia nacional da França, ou Dia da Bastilha, esta sexta-feira. O entusiasmo dos turistas contrasta com a preocupação do governo francês, que teme que a capital possa acabar mergulhada num verdadeiro cenário de guerrilha urbana, com confrontos e motins como os a que o mundo assistiu nas últimas semanas.

Por isso, já foi mobilizado um dispositivo de segurança inédito para os festejos, com 45 mil agentes. Estão alerta desde a noite desta quinta-feira e assim vão permanecer até à manhã de sábado.

Às ruas voltam também os blindados e os drones, com o governo francês a exigir tolerância zero para episódios de violência durante as celebrações que, além de milhares de turistas, atrai ainda mais franceses para as ruas.

"Este ano, a festa nacional chega numa altura, como cada um constata, de contexto particular, depois de várias noites de extrema violência. Desde 27 de junho, 150 mil engenhos pirotécnicos foram apreendidos pelas autoridades", revelou Gérald Darmanin, ministro da Administração Interna.

O habitual desfile militar acontece também esta sexta-feira, mas Emmanuel Macron não fará nenhuma declaração ao país. O presidente francês receia que as celebrações se tornem num pretexto para o regresso dos motins de há duas semanas, depois da morte de Nahel, um jovem de 17 anos, às mãos da polícia.

Perto de 3500 pessoas, sobretudo jovens, foram detidas por terem protagonizado confrontos com a polícia, incendiado cerca de seis mil carros (além de mais de mil infraestruturas) e pilhado e roubado várias lojas.

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