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Dois corações, uma história: sul-coreanos "unidos" por transplantes cardíacos vão casar

Ham Eun-ji corria perigo de vida. Choi Jae-won só era dependente de Oxigenação por Membrana Extra Corporal. Os dois foram transplantados, na Coreia do Sul e, dois anos depois, vão casar.

Ham Eun-ji e Choi Jae-won
Agência de Notícias Yonhap

SIC Notícias

Um casal da Coreia do Sul que se conheceu por terem os dois problemas cardíacos vai casar-se este domingo. Ham Eun-ji e Choi Jae-won já fizeram transplante ao coração e, após dois anos de namoro, em que se ajudaram mutuamente nesta "batalha", vão dar o nó.

Ham Eun-ji corria perigo de vida. Foi diagnosticada com uma cardiomiopatia dilatada (DCMP) quando tinha 13 anos, uma doença rara e que afeta 100 mil crianças.

A precisar de um transplante ao coração urgente, encontrou um dador compatível, mas a família não tinha dinheiro para avançar para a cirurgia, refere o The Korea Times.

Na altura, uma enfermeira do hospital, Im Yu-mi, ajudou Ham a encontrar formas de receber doações de dinheiro. E conseguiu, com sucesso. Ham teve uma segunda oportunidade para viver através do transplante.

A história de amor de Ham Eun-ji, agora com 28 anos, e Choi Jae-won, de 34, começou há cerca de dois anos. Depois de transplantada, a jovem começou a partilhar a sua "luta" e a dar conselhos numa comunidade online para doentes cardíacos.

Foi aí que conheceu Choi, que, com uma cardiomegalia, esperava por um transplante ao coração. O rapaz era dependente de Oxigenação por Membrana Extra Corporal (ECMO), uma técnica utilizada para suporte ao coração e pulmões em caso de falência grave dos órgãos, e um dispositivo portátil de assistência ventricular.

Em 2021, depois do transplante ao coração, Choi convidou Ham para lhe agradecer os conselhos e apoio. Desde aí que namoram.

"É especialmente difícil para as mulheres que sofrem de doenças cardíacas falar sobre casamento. Gostaria que tivessem esperança ao ver como me casei e estou a ter uma vida saudável com a minha família", disse Ham à Agência de Notícias Yonhap.

A noiva registou-se como doadora de órgãos para dar a outras pessoas uma segunda hipótese de vida.

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