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Tiroteio em escola: o emotivo abraço em direto entre (a mãe) jornalista e o filho

Filho de Alicia Acuna, jornalista da Fox News, é aluno da escola nos EUA onde esta quarta-feira aconteceu um tiroteio. O reencontro inesperado entre Alicia e o filho aconteceu quando a jornalista fazia um direto.

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Rita Rogado

Lusa

Uma jornalista da Fox News, Alicia Acuna, viveu um momento emocionante, na quarta-feira, enquanto fazia um direto sobre um tiroteio numa escola, em Denver, no estado do Colorado, nos EUA. É que durante a transmissão em direto, viu o filho, aluno da escola onde tinha acontecido o tiroteio.

Alicia Acuna interrompeu o direto assim que viu o filho aproximar-se e abraçou-o, explicando depois aos telespectadores quem é o jovem:

"Desculpem, mas o meu filho acabou de apareceu, eu ainda não o tinha visto".

Emocionada, contou que estava com outra história quando começou a receber mensagens do filho, com quem manteve o contacto apenas por essa vida “porque ele tinha que ficar em silêncio” durante o tiroteio.

A jornalista Alicia Acuna, que trabalha na Fox News desde 1997, tem outros filhos matriculados na escola secundária.

Dois administradores escolares ficaram feridos no tiroteio, que aconteceu pouco antes das 10:00, hora local, 16:00 em Lisboa, na East Hight School, em Denver, no estado norte-americano do Colorado. Aconteceu longe das salas de aula, durante uma revista obrigatória.

O atirador era um aluno da escola, que estaria sujeito a revistas diárias de posse de arma, no âmbito de um plano de segurança. No entanto não se sabe o motivo pela qual estaria sujeito a estas revistas.

O estudante fugiu do local, mas foi encontrado morto, mais tarde, pelas autoridades.

Foi o segundo tiroteio naquela escola em menos de dois meses, diz a revista norte-americana Forbes. No primeiro tiroteio, um aluno de 16 anos morreu, após ter sido baleado na cabeça quando ainda se encontrava no carro.

Já no início do mês, após a morte do colega, os alunos da escola estiveram em protesto para exigir leis de armas mais rígidas: faltaram às aulas e marcharam para o Capitólio do Estado do Colorado.

Tiroteios nos EUA

Os tiroteios em escolas nos EUA são comuns, assim como “tiroteios em massa”. De acordo com dados do Gun Violence Archive, atualizados diariamente, só este ano, foram registados 119 tiroteios em massa nos EUA. No ano passado, aconteceram 647 ataques em massa, um número que tem vindo a aumentar desde 2020.

O instituto considera ataques “em massa” quando há pelo menos quatro vítimas, sem incluir o autor dos disparos caso este tenha morrido ou sofrido ferimentos.

Em junho de 2022, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou o acordo votado pelo Congresso que restringe minimamente o acesso às armas, dando-lhe o estatuto de lei.

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na sexta-feira um acordo histórico, embora mínimo, entre democratas e republicanos, para reforçar o controlo de armas na sequência dos recentes tiroteios em massa no país.

O acordo já tinha sido aprovado pelo Senado, um mês após o massacre em Uvalde, Texas, onde um jovem entrou numa escola primária e matou 19 crianças e dois professores com uma espingarda semiautomática.

A lei inclui uma revisão do processo de compra de armas para os menores de 21 anos e estende as chamadas leis da “bandeira vermelha” a todo o país, permitindo que seja ativado um procedimento legal para confiscar as armas de fogo.

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