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Choque entre comboios na Grécia: polícia prendeu o responsável pela linha

Sindicato denunciou de imediato a falta de segurança e um sistema arcaico de circulação. Dois comboios, um de mercadorias, outro de passageiros, chocaram. Último balanço aponta para 36 mortos e 85 feridos. Foi já considerado opior acidente ferroviário da última década na Europa.

SIC Notícias

Na Grécia, foram decretados três dias de luto nacional e demitiu-se o ministro dos Transportes. O último balanço do acidente ferroviário no norte do país aponta para 36 mortos e 85 feridos. Dois comboios, um de mercadorias, outro de passageiros, chocaram a 400 quilómetros de Atenas. A polícia prendeu já o chefe da estação responsável pela linha.

Às primeiras horas da manhã, os bombeiros procuravam ainda sinais de vida entre a amálgama de destroços. 1300 graus centígrados - calculam já as autoridades - terá sido a temperatura provocada pela colisão.

Terça-feira, pouco passava das 22:00, um comboio de mercadorias e outro de passageiros, com 350 pessoas a bordo, circulavam na mesma linha. Chocaram violentamente no vale de Teme, no norte da Grécia.

A maioria dos passageiros eram jovens que salvaram muita gente. Voltavam à capital Atenas depois de um fim de semana de ponte numa região conhecida pelas festas de Carnaval.

A polícia prendeu já o chefe da estação de Larissa, responsável pela linha onde aconteceu a colisão. O sindicato dos ferroviários denunciou de imediato a falta de segurança e um sistema arcaico de circulação. Mantém-se inalterável mesmo depois da privatização dos caminhos de ferro gregos que são, desde 2017, controlados pela maior empresa italiana do setor.

Em visita ao local, o ministro dos Transportes emocionou-se quando anunciou a abertura de um inquérito e depois das declarações apresentou a demissão. Justificada em respeito pelas vítimas, foi já aceite pelo primeiro-ministro.

Kyriákos Mitsotákis visitou também o sítio da tragédia e decretou três dias de luto nacional.

A população de Larissa fez fila esta quarta-feira à porta do principal hospital da cidade para dar sangue aos feridos do pior acidente ferroviário da última década em solo europeu.

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