O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, demitiu este domingo o presidente do Partido Conservador que, por inerência, é também membro do Governo, enquanto ministro sem pasta.
Nadhim Zahawi estava, há semanas, debaixo de enorme pressão depois de ter sido tornada pública uma dívida de milhões às finanças, a qual só foi liquidada na altura em que Zahawi era ministro das Finanças, nos últimos dias do Governo de Boris Johnson.
Zahawi terá pago cerca de 5 milhões e meio de euros às finanças britânicas, pela dívida e multa, relativa à posse de ações na empresa de sondagens que ele cofundou.
A investigação tinha sido pedida na segunda-feira pelo primeiro-ministro ao seu conselheiro para a Ética. Sunak recebeu este domingo o relatório e demitiu Nadhim Zahawi por quebra do código ministerial.
A investigação concluiu que Nadhim Zahawi não incluiu a dívida às finanças na declaração de interesses, nem informou Truss ou Sunak que o chamaram para os respetivos governos. Se o tivesse feito, dificilmente teria sido convidado para integrar os governos.
Esta é a segunda demissão no Governo de Rishi Sunak e ocorre quando se assinalam os 100 dias de governo Sunak.
Em novembro, Gavin Williamson - também ministro sem pasta - apresentou demissão na sequência de várias acusações de bullying para com a responsável do comité de disciplina do partido (Chief Whip) e de um funcionário com quem trabalhou enquanto ministro da Defesa de Theresa May, entre 2017 e 2019.
Sob pressão continuam a ministra do Interior (nomeada por Sunak depois de demitida por Truss por quebra do código ministerial) e o vice-primeiro-ministro e ministro da Justiça, este último também alvo de uma investigação independente pedida pelo próprio, na sequência de várias acusações de bullying.