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Ex-vice-presidente do Parlamento Europeu e outros suspeitos tinham mais de 1,5 milhões em casa

A socialista Eva Kaili foi afastada do cargo de vice-presidente do Parlamento Europeu pelo plenário.

Jean-Francois Badias

SIC Notícias

Lusa

A polícia encontrou mais de 1,5 milhões de euros em dinheiro nas casas da ex-vice-presidente do Parlamento Europeu (PE) Eva Kaili e do antigo deputado italiano Pier Antonio Panzeri, disseram esta terça-feira fontes do Ministério Público Federal belga.

Os investigadores encontraram cerca de 600.000 euros na casa de Panzeri, enquanto o resto do dinheiro foi encontrado na casa de Eva Kaili e do seu marido Francesco Giorgi, bem como nas mãos do pai da ex-vice-presidente do PE, confirmaram as fontes judiciais à agência espanhola EFE.

Panzeri, Kaili e Giorgi, contra os quais foi emitido um mandado de detenção pelo juiz de instrução Michel Claise, bem como uma quarta pessoa detida no mesmo caso, deverão comparecer perante o tribunal de Bruxelas na quarta-feira, que decidirá se devem continuar sob custódia, informou o diário Le Soir.

O chamado caso "Qatargate", por envolver alegadamente favores ao país organizador do campeonato mundial de futebol, resultou até agora na acusação de Kaili de participação numa organização criminosa, branqueamento de capitais e corrupção.

Segundo os meios de comunicação belgas, o juiz acusou dos mesmos crimes o conselheiro do Parlamento Europeu Francesco Giorgi e o lobista de Bruxelas e antigo deputado italiano Pier Antonio Panzeri.

A socialista Eva Kaili, 44 anos, foi afastada esta terça-feira do cargo de vice-presidente do PE pelo plenário, depois de ter sido conhecida a sua detenção no fim de semana.

A decisão foi aprovada por 625 votos a favor, um contra e duas abstenções, representando uma dupla maioria de dois terços dos votos expressos e uma maioria dos deputados que compõem o hemiciclo.

Kaili manterá por enquanto o estatuto de deputada ao PE, uma vez que só pode ser retirado pela Grécia.

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