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"Estamos a apagar o histórico de mensagens": manifestantes interrogados após protestos na China

Protestos de domingo juntaram milhares de pessoas em diversas cidades da China.

SIC Notícias

As autoridades chinesas começaram a interrogar alguns dos manifestantes que participaram nos protestos do fim de semana, em várias cidades da China, contra a política “Covid Zero”.

A informação foi avançada à agência Reuters por manifestantes que estiveram presentes no protesto em Pequim, que adiantaram que a polícia permanece em larga escala nas ruas da capital chinesa.

Dois manifestantes relataram que foram abordados por dois homens que se identificaram como agentes da polícia de Pequim. Os alegados agentes pediram que se apresentassem numa esquadra esta terça-feira para deixarem um relato escrito das suas atividades na noite de domingo.

Também um estudante adiantou que foi questionado pela faculdade sobre a sua localização durante o protesto e que lhe pediram um testemunho escrito.

"Estamos todos a apagar desesperadamente o nosso histórico de mensagens", afirmou outro manifestante, que adiantou que também ele foi questionado pelas autoridades: como tinha ouvido falar do protesto e o motivo para ir foram as questões.

O descontentamento com a política de prevenção contra a covid-19, três anos após o início da pandemia, provocou protestos de grande escala, durante o fim de semana, em várias cidades da China.

O comentador da SIC, Germano Almeida, considera que este é "o maior movimento de resistência coletiva na China em mais de 30 anos" e que o "maior desafio à liderança" do Presidente Xi Jinping.

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