As Nações Unidas dizem que há uma emergência alimentar muito grave em África, por causa da seca e por causa da guerra na Ucrânia, que fez disparar o preço dos cereais. A ONU fala na possibilidade de ser declarada uma crise de fome, sobretudo na região do Corno de África, que inclui a Somália, a Etiópia, a Eritreia e o Djibouti e onde vivem mais de 115 milhões de pessoas.
A declaração de fome para as Nações Unidas significa que, oficialmente, uma em cada cinco famílias não consegue comer o mínimo necessário, todos os dias. E que, num país, ou região, 30% da população sofre de má nutrição. Ou seja, grande parte das pessoas corre um risco muito sério de morrer ou ficar doente por não ter comida suficiente. É isso que está a acontecer no Corno de África, no nordeste do continente.
Sahara tem 50 anos e vive com menos de 8 euros por semana, ou seja, 1 euro e poucos cêntimos por dia, muito abaixo do limiar da pobreza.
Na Somália, Etiópia, Eritreia e Djibouti, onde vivem mais de 115 milhões de pessoas, a situação é dramática. À seca prolongada junta-se a escassez de alimentos provocada pela guerra na Ucrânia e pelo aumento global do preço dos cereais.
"É como um tsunami com outro tsunami de seguida", afirma David Beasley, diretor do Programa Alimentar Mundial da ONU.
O programa alimentar mundial continua a apelar aos doadores para que contribuam mais.