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A “fogueira de Oríon” fotografada pelo observatório ESO

A constelação de Oríon oferece-nos um espectacular fogo de artifício para celebrar o Ano Novo.

Catarina Solano de Almeida

A constelação de Oríon oferece-nos um espectacular fogo de artifício para celebrar o Ano Novo nesta nova imagem do Observatório Europeu do Sul (ESO).

Não há, no entanto, motivo para preocupações, já que esta constelação não está nem a arder nem a explodir.

O “fogo”é a Nebulosa da Chama e seus vizinhos mais pequenos, como a Nebulosa da Cabeça de Cavalo, captados em ondas rádio. Esta nebulosa acolhe no seu centro um aglomerado de estrelas jovens a emitir radiação de alta energia, o que faz com que os gases que a rodeiam brilhem.

Oríon alberga as nuvens moleculares gigantes mais próximas do Sol — vastos objetos cósmicos constituídos essencialmente por hidrogénio, onde se formam novas estrelas e planetas. Estas nuvens situam-se a uma distância de nós que varia entre 1300 e 1600 anos-luz e contêm o berço de estrelas mais ativo que existe na vizinhança do Sistema Solar.

A nova imagem – obtida com o APEX (Atacama Pathfinder Experiment), operado pelo ESO e instalado no planalto do Chajnantor, no deserto chileno do Atacama – é baseada nas observações conduzidas pelo antigo astrónomo do ESO Thomas Stanke e pela sua equipa. Alguns anos e muitas observações depois, os seus resultados foram aceites para publicação na revista da especialidade Astronomy & Astrophysics.

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