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Duas israelitas mortas por rockets disparados a partir de Gaza

Cerca de 250 projéteis terão sido disparados a partir de Gaza em menos de 24 horas.

Nir Elias

SIC Notícias

Lusa

Duas mulheres israelitas que estavam num edifício antigo na cidade de Ashkelon (sul de Israel) morreram esta terça-feira na sequência de tiros de 'rocket' disparados a partir da Faixa de Gaza, informaram os serviços de socorro locais.

"Duas mulheres morreram. Uma tinha 65 anos de idade e a outra 40 anos. Ainda não podemos anunciar as suas identidades", afirmou, em declarações à agência France-Presse (AFP), um porta-voz dos serviços nacionais de emergência Magen David Adom (MDA, equivalente israelita à Cruz Vermelha).

Segundo a AFP, o porta-voz atribuiu a morte destas duas mulheres aos vários 'rockets' lançados a partir do enclave palestiniano que visaram cidades da zona sul de Israel, como Ashkelon e Ashdod.

A agência espanhola EFE indicou, por sua vez, que estas duas mulheres serão possivelmente as primeiras mortes em Israel desde o intensificar da escalada de violência e de tensão, registado desde segunda-feira, com o enclave palestiniano.

Violência aumentou. Terão sido disparados cerca de 250 projéteis

Na segunda-feira, a violência aumentou com o lançamento de 'rockets' da Faixa de Gaza contra Israel e ataques aéreos israelitas contra este território palestiniano.

Dados referidos pela EFE apontam que cerca de 250 projéteis terão sido disparados a partir de Gaza em menos de 24 horas.

As duas mulheres estavam "num edifício antigo" sem abrigo antiaéreo e as unidades de paramédicos encontraram as vítimas "presas nos escombros" do prédio, que foi atingido por tiros de 'rocket', segundo um porta-voz da United Hatzalah (serviço médico de emergência voluntário com sede em Jerusalém), citado pela agência espanhola.

Em retaliação aos disparos de 'rockets', Israel respondeu com ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, que causaram pelo menos 26 mortos, incluindo nove crianças, desde segunda-feira.

Os últimos acontecimentos estão a ser classificados como uma das piores escaladas da tensão entre israelitas e palestinianos desde 2019.

Reforço de tropas

Em pleno segundo dia das hostilidades no enclave palestiniano da Faixa de Gaza, o chefe do Estado-Maior do exército israelita convocou, entretanto, um reforço de tropas no sul do país.

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, ordenou a mobilização de 5.000 soldados de reserva para expandir a atual campanha e "aprofundar a defesa interna".

Israel realizou esta terça-feira novos ataques aéreos em Gaza, atingindo a casa de um comandante do Hamas, movimento islamita que controla o enclave, e dois túneis construídos na fronteira com o Estado hebreu, enquanto grupos armados palestinianos no território disparavam dezenas de 'rockets' contra Israel.

A escalada no conflito foi provocada por semanas de tensões na contestada Jerusalém.

Os ataques aéreos e o disparo de 'rockets' foram precedidos de confrontos entre palestinianos e a polícia israelita em Jerusalém Oriental, sobretudo na Esplanada das Mesquitas, local sagrado para muçulmanos e judeus.

Nos confrontos na cidade contestada e em toda a Cisjordânia ficaram feridos mais de 700 palestinianos, dos quais quase 500 foram tratados em hospitais, indicou a agência norte-americana Associated Press (AP).

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