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Empresa de sistemas eleitorais processa Fox News por alegações de fraude

Em causa estão as eleições presidenciais dos EUA que deram vitória a Joe Biden.

SOPA Images

Lusa

A empresa de sistemas eleitorais Smartmatic avançou esta quinta-feira com um processo em que reclama 2.700 milhões de euros à Fox News e apoiantes de Donald Trump, que acusa de a terem envolvido em teorias da conspiração sobre fraude eleitoral.

"A Fox é responsável por esta campanha de desinformação que prejudicou a democracia em todo o mundo e afetou de forma irreparável a Smartmatic e todos os que contribuem para eleições modernas", referiu em comunicado Antonio Mujica, editor executivo da empresa com sede em Boca Raton, na Florida.

Advogados de Trump também são acusados de difamação

O processo, com 276 páginas, deu entrada num tribunal de Nova Iorque e, além da cadeia de televisão, acusa também de difamação Rudy Giuliani e Sidney Powell, advogados de Donald Trump, pelas suas intervenções alegando casos de fraude eleitoral no processo de contagem de votos, sem apresentarem provas e que acabariam indeferidos pelos tribunais.

Após a oficialização da vitória de Joe Biden, várias pessoas do círculo próximo de Donald Trump vieram a público dizer que os resultados eleitorais foram manipulados tendo apontado o dedo ao papel do software de contagem de votos no processo.

Tal como refere a Agência France Press, o advogado Sidney Powell argumentou que a Dominic e a Smartmatic, cujos serviços foram usados nesta eleição, tinham tido um papel fundamental no que classificou ser uma campanha internacional para travar a reeleição do Presidente cessante.

Nenhuma dessas afirmações e acusações viria a ser provada, sendo que os serviços da Smartmatic apenas foram usados no condado de Los Angeles.

A Smartmatic, acusa, por isso, a Fox News de ter "oferecido aos seus milhões de telespetadores e leitores uma história: Joe Biden e Kamala Harris não venceram a eleição. A Smartmatic roubou-a para eles".

"A história deles era uma mentira", refere a empresa no processo que deu entrada num tribunal de Nova Iorque, salientando que os visados sabiam que era mentira.

Entre o rol de acusados estão ainda três apresentadores: Jeanine Pirro, da Fox News, e Maria Bartiromo e Lou Dobbs, do canal Fox Business, da mesma cadeia.

Em declarações à AFP, um porta-voz da Fox News afirmou que o canal está "orgulhoso" da cobertura "da eleição de 2020" a afirmou que se defenderá "vigorosamente em tribunal contra esta ação infundada".

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