Os grupos parlamentares do Unidas Podemos e Esquerda Unida anunciaram que se vão abster na votação desta tarde, afastando assim a hipótese de investidura de Pedro Sánchez.
Os socialistas espanhóis (PSOE) e a extrema-esquerda (Unidas Podemos) tinham até ao fim da manhã para tentar chegar a um acordo sobre uma coligação governamental que permitisse reconduzir Sánchez como primeiro-ministro.
"Não foi possível um acordo", reconhece Sánchez
O primeiro-ministro já reconheceu que não terá a confiança dos deputados para se manter no poder, ainda antes da votação.
"Não foi possível um acordo. Não teremos o Governo que é importante para Espanha", anunciou o dirigente socialista, atribuindo a responsabilidade do fracasso ao Podemos.
O Parlamento espanhol vota pela segunda vez esta semana a investidura do líder do Partido Socialista Espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, para chefe do Governo numa consulta em que apenas precisa de mais votos a favor do que contra (maioria simples).
Na primeira votação na terça-feira, a investidura de Pedro Sánchez teve 170 votos contra, 124 a favor e 52 abstenções.
Esta votação iniciou um período de dois meses (até 23 de setembro) em que ainda é possível formar um novo executivo antes da dissolução do Parlamento e a convocação de novas eleições, que se realizariam a 10 de novembro próximo.
Se isso acontecer, será a quarta vez em quatro anos que os espanhóis serão chamados a votar para as legislativas.