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Mais de 4.200 pessoas chegaram à Europa por mar em 16 dias

Quando analisados os registos em outras regiões ou rotas migratórias nestes primeiros 16 dias, o número de migrantes mortos sobe para 92.

Jon Nazca

Cerca de 4.216 migrantes chegaram à Europa por via marítima nos primeiros 16 dias deste ano, quase o dobro do total de chegadas (2.365) registado no mesmo período de 2018, divulgou esta sexta-feira a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Este é o mais recente balanço da organização liderada desde outubro passado pelo português António Vitorino, que na passada terça-feira, e numa análise dos primeiros 13 dias do ano corrente, dava conta de 2.200 chegadas de migrantes e de refugiados ao território europeu por mar.

Este aumento expressivo deve-se ao registo de entradas em Espanha, país que em 2018 se tornou na principal rota marítima para a Europa e que se perspetiva neste princípio de 2019 como a principal porta de entrada de migrantes para o território europeu.

De acordo com o novo balanço, entre os dias 13 e 16 de janeiro, as chegadas ao território espanhol mais que duplicaram, de 1.609 para 3.367 pessoas.

"Até ao meio do mês de janeiro, as chegadas irregulares de migrantes por mar para Espanha representam quase 80% de todas as chegadas do Mediterrâneo deste tipo", indicou a OIM, numa nota informativa.

"Além disso, este total quase iguala todas as chegadas deste tipo a Espanha durante os primeiros três meses de 2018, período durante o qual a OIM relatou 3.369 chegadas de migrantes irregulares ao território espanhol por via marítima", referiu a organização.

Já ao nível das vítimas mortais nas três principais rotas do mar Mediterrâneo - Mediterrâneo Oriental (da Turquia para a Grécia), Mediterrâneo Central (da Líbia para Itália) e Mediterrâneo Ocidental (de Marrocos para Espanha - os dados da OIM relativos aos primeiros 16 dias de janeiro apontam para 83, menos do que as 199 mortes registadas no mesmo período de 2018.

No balanço anterior, divulgado terça-feira, a OIM tinha relatado que 16 pessoas tinham morrido durante a travessia do Mediterrâneo.

Lusa

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