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Ministro israelita diz que dias do líder do Hamas em Gaza "estão contados"

Um ministro israelita ameaçou esta quarta-feira o líder do movimento radical palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, alguns dias após um cessar-fogo que acabou com um surto de violência, mas provocou uma crise na coligação governamental em Israel.

Ariel Schalit

"Os dias de Yahya Sinwar estão contados", declarou o ministro da Habitação, Yoav Galant, assegurando que o líder do Hamas em Gaza "não acabará os seus dias num lar da terceira idade".

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza, deve decidir se quer "lutar contra Israel e ser esmagado ou aceitar o diálogo", adiantou Galant, antigo general e membro do partido de centro-direita Kulanu, numa conferência organizada pelo jornal Jerusalem Post.

Durante a mesma conferência, o ministro da Segurança Interna israelita, Gilad Erdan, declarou ser tempo de Israel "passar da defensiva à ofensiva" contra o Hamas em Gaza, "retomando os assassínios seletivos de líderes terroristas do braço armado" do movimento.Israel deve estar "disposto a recuperar o controlo da Faixa de Gaza até ao desmantelamento das infraestruturas terroristas", disse, adiantando: "Nunca estivemos tão próximos de o fazer".

Na semana passada foi acordado um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, após a pior escalada de violência no enclave palestiniano desde a guerra de 2014.

Avigdor Lieberman demitiu-se do cargo de ministro da Defesa em protesto e a saída do seu partido Israel Beiteinu da coligação governamental provocou incerteza em relação ao futuro do governo de Benjamin Netanyahu, que passou a contar com a maioria de apenas um voto (61 em 120) no parlamento.

Israel assassinou os líderes do Hamas Ahmed Yassin e Abdel Aziz al-Rantisi em 2004 e tentou matar outro dirigente, Khaled Mashaal, em 1997.

Lusa

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