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De John F. Kennedy a Luther King: a longa lista de assassinatos políticos nos Estados Unidos

A morte de Charlie Kirk esta quarta-feira soma-se a uma longa lista de assassinatos e tentativas de assassinato de figuras políticas norte-americanas desde a década de 1960, incluindo presidentes, congressistas e ativistas proeminentes.

William J. Smith

SIC Notícias

Os Estados Unidos têm registado, desde a década de 1960, o assassinato de inúmeras figuras políticas, incluindo as mais altas figuras do Estado ou ativistas proeminentes, como o influenciador conservador Charlie Kirk, que foi hoje morto a tiro.

O ativista conservador Charlie Kirk morreu esta quarta-feira após ter sido baleado num evento na Universidade de Utah Valley.

Co-fundador e CEO da organização juvenil Turning Point USA, Kirk, de 31 anos, é a mais recente vítima de uma onda de violência política nos Estados Unidos.

Kennedy 'abre' lista

Em 1963, John F. Kennedy (JFK), então um jovem presidente democrata, foi assassinado com um tiro de longa distância em Dallas, no Texas, quando viajava num descapotável.

John F. Kennedy tornou-se o quarto presidente em exercício a ser assassinado, depois de Abraham Lincoln.

Reagan sobreviveu

Quase duas décadas depois, o presidente Ronald Reagan foi também baleado em frente a um hotel em Washington. Um dos tiros atingiu-lhe o pulmão, provocando-lhe uma grave hemorragia interna.

Ronald Reagan baleado em 1981
RON EDMONDS

O republicano de 70 anos sobreviveu e permaneceu na Casa Branca até 1989.

Trump baleado na orelha

Em julho de 2024, Donald Trump, candidato à reeleição, foi baleado durante um comício de campanha.

O bilionário republicano foi baleado na orelha, e a tentativa de assassinato teve um grande impacto nos Estados Unidos e no mundo.

Donald Trump baleado na orelha no verão de 2024
Brendan McDermid

Família Kennedy com longo histórico

O irmão do presidente JFK e antigo procurador-geral Robert F. Kennedy também foi morto a tiro em 1968 dentro de um hotel em Los Angeles, enquanto fazia campanha pela nomeação presidencial democrata nesse ano.

O seu filho, Robert F. Kennedy Jr., é agora secretário da Saúde de Donald Trump.

Dez anos depois, George Moscone, presidente da Câmara de São Francisco, foi assassinado juntamente com Harvey Milk, vereador e conceituado ativista LGBT.

Em 1972, George Wallace, governador do Alabama e antigo feroz defensor da segregação racial, foi baleado várias vezes à porta de um centro comercial em Maryland, enquanto fazia campanha pela nomeação presidencial democrata. Permaneceu paraplégico pelo resto da vida.

Novo século com vários casos

Já em 2011, Gabby Giffords, então congressista democrata, foi baleada na cabeça quando um atirador abriu fogo durante um comício eleitoral ao ar livre no Arizona.

Seis pessoas morreram no ataque, mas a congressista sobreviveu e tornou-se uma defensora de um maior controlo de armas.

Em 2017, durante um treino de basebol do Congresso, o congressista republicano Steve Scalise foi gravemente ferido na anca por tiros, juntamente com outras três pessoas, todas as quais sobreviveram.

O ano de 2025 testemunhou também a morte de Melissa Hortman, uma congressista democrata do Minnesota, morta juntamente com o seu marido em sua casa por um atirador que tinha ferido John Hoffman, outro congressista democrata, e a sua mulher em sua casa.

Malcolm X e Luther King também na lista

Na lista de ativistas, em 1965, Malcolm X, figura de proa do movimento dos direitos civis, foi alvo de três homens armados num teatro na cidade de Nova Iorque durante uma reunião do seu movimento, a Organização da Unidade Afro-Americana. Morreu após ser baleado 21 vezes.

Outubro de 1960: Fidel Castro e Malcolm X, no Hotel Theresa em Nova Iorque.
PRENSA LATINA

Três anos depois, Martin Luther King Jr., outra figura de destaque do movimento dos direitos civis nos Estados Unidos, foi assassinado quando saía do seu quarto de motel em Memphis, no Tennessee.

Com LUSA

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