Em conferência de imprensa hoje, Avigdor Lieberman denunciou o que considera ser um "capitulação perante o terrorismo". "O Estado compra uma calma temporária contra elevados prejuízos a longo prazo", criticou.
Mediado pelo Egito, com apoio das Nações Unidas, um acordo de cessar fogo entre Israel e grupos armados palestinianos foi alcançado ontem, após 24 horas do lançamento de mais de 460 rockets e 160 bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza que fizeram 16 mortos, entre os quais 14 combatentes palestinianos, um militar israelita e um civil palestiniano em Israel.
Entre os grupos contam-se as Brigadas Al Qasam, o braço armado do Hamas que governa a Faixa de Gaza, os Batalhões Al Quds, da Jihad Islâmica, as Brigadas Abu Ali Mustafa, da Frente Popular de Libertação da Palestina, as Brigadas de Resistência Nacional, da Frente Democrática para a Libertação da Palestina, e a Al Naser Salahedein, os Comités de Resistência Popular.
Confrontos alcançaram o nível mais grave desde 2014
A escalada iniciou-se com uma operação especial israelita no interior da Faixa de Gaza na noite de domingo, onde foram mortos sete milicianos palestinianos e o soldado israelita, seguida na tarde de segunda-feira pelo lançamento em massa de rockets e que não cessaram durante 24 horas seguidas.
Por sua vez, as forças israelitas bombardearam dezenas de posições das milícias palestinianas, incluindo a Al-Aqsa, a estação televisiva do Hamas na Faixa de Gaza, que deixou de emitir após o ataque.