O movimento radical palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, reivindicou hoje os disparos de "dezenas de 'rockets'" contra Israel, afirmando num comunicado que respondia à morte de sete dos seus combatentes no domingo num confronto com o exército israelita.
Além dos sete palestinianos, um oficial do exército israelita morreu durante o que terá sido uma operação das forças especiais de Israel no enclave.
O exército israelita disse hoje que um autocarro tinha sido atingido por disparos de Gaza e o equivalente da Cruz Vermelha no país, a Estrela Vermelha, indicou que tinha sido atendido "um ferido de 19 anos (...) em estado crítico".
Outras 10 pessoas foram atendidas em Israel com ferimentos de estilhaços devido a 'rockets' que atingiram a cidade de Sderot e a região de Shaar Hanaguev, segundo o serviço médico de emergência United Hatzalah.
Na Faixa de Gaza já morreram hoje dois palestinianos e três ficaram feridos, segundo o Ministério da Saúde no território, nos bombardeamentos israelitas de represália após os disparos de 'rockets' a partir do enclave.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, convocou uma reunião de emergência dos responsáveis pela segurança para discutir a escalada de violência em Gaza.
A tensão entre Israel e o Hamas subiu nos últimos meses devido aos protestos organizados desde o final de março no enclave no âmbito da 'marcha do retorno', contra o bloqueio israelita e para exigir o regresso dos refugiados palestinianos que fugiram ou foram expulsos aquando da criação do Estado hebreu em 1948.
Pelo menos 230 palestinianos foram mortos a tiro pelos soldados israelitas desde essa data.Nas últimas semanas a tensão parecia ter diminuído, enquanto o Egito e a ONU mediavam um acordo de cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinianas.
Lusa