A construção peça-a-peça da Estação Espacial Internacional, que tem o tamanho de um campo de futebol e está a cerca de 400 quilómetros de altitude, iniciou-se em 20 de novembro de 1998, com o envio do módulo de armazenamento de energia, e ficou concluída em 2010, quando foi instalado um observatório, a 'maior janela' para o espaço de onde é possível observar a Terra e outros corpos celestes, acoplamentos das naves e manobras de reparação no exterior.
Em fotografias, a ISS surge como um 'aranhiço' de tubos e placas metálicas ladeados por 16 painéis solares, que lhe dão energia para funcionar.
Desde novembro de 2000 que a estação (ISS, na sigla em inglês) tem sido continuamente habitada.
230 astronautas e cosmonautas de 18 países já estiveram na ISS, incluindo o espanhol Pedro Duque, atual ministro da Ciência e Inovação de Espanha, o norte-americano Scott Kelly, que detém o recorde de dias de permanência na estação durante uma missão (342 dias), e o brasileiro Marcos Pontes, futuro ministro da Ciência e Tecnologia do Brasil.
Rússia e EUA, Japão e países europeus juntos na experiência "extraterrestre"
A estação é uma espécie de 'embaixador' da diplomacia, uma vez que a sua operacionalização resulta de uma parceria entre Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão (através das respetivas agências espaciais) e 11 países europeus que fazem parte da Agência Espacial Europeia.
Na estação, que dá uma volta completa à Terra em 90 minutos, perfazendo por dia um total de 16, tantas quantas as vezes em que é possível ver o nascer e o pôr do Sol, trabalham e vivem seis astronautas, que se vão revezando ao fim de seis meses.
Desde dezembro de 1998 que mais de 200 caminhadas espaciais foram feitas para se construir, manter e reparar a ISS, onde, num ginásio, os astronautas mitigam os efeitos da microgravidade, que os faz flutuar, exercitando os músculos durante duas horas diárias.
O dia a dia a flutuar a 400 km de altitude da Terra
Viver na ISS, que 'viaja' à volta da Terra a uma média de 27.700 quilómetros por hora, é como viver num deserto, pois há pouca água disponível. Uma parte da água é reciclada, a outra é fornecida, tal como a comida e equipamentos, por veículos espaciais de carga.
Na Estação Espacial Internacional, cuja vida útil foi prolongada até 2024, mais quatro anos do que o inicialmente previsto, testam-se novas tecnologias, fazem-se experiências científicas, muitas delas difíceis de concretizar na Terra, mas com impacto na vida humana, e preparam-se novas explorações no espaço.
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