"Infelizmente, fiquei perturbado e profundamente desapontado ao saber que algumas partes do acordo [nuclear com o Irão] estão a criar um sistema especial de pagamento para contornar as sanções dos Estados Unidos", disse Mike Pompeo, chefe da diplomacia norte-americana, durante um evento em Nova Iorque.
Esta é a primeira reação de Washington ao anúncio feito na segunda-feira pelo chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, sobre a criação de uma entidade especial para facilitar os negócios com o Irão.
A União Europeia vai criar uma entidade de forma a poder continuar a negociar com o Irão, especialmente para a compra de petróleo, para contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos a Teerão.
O anúncio foi feito pela Alta Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, à margem da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que se realiza em Nova Iorque.
"Os estados-membros da UE estabelecerão uma entidade legal para facilitar transações financeiras legítimas com o Irão", disse Federica Mogherini após uma reunião entre o Irão e as cinco potências que continuam a apoiar o acordo (Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha).
Os ministros dos Negócios Estrangeiros desses países e do Irão reiteraram na reunião a vontade em continuar com o acordo, apesar da retirada dos EUA.
Numa declaração conjunta lida por Mogherini e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Yavad Zarif, recordaram que Teerão demonstrou que continua a cumprir a sua parte do acordo nuclear.
Lusa