Em causa está um artigo de opinião divulgado na segunda-feira pelo jornal britânico Daily Telegraph, em que Johnson comentou a entrada em vigor na Dinamarca da proibição do uso do véu islâmico integral, classificando a burca de "ridícula" e "estranha" e comparando as mulheres que a vestem a "caixas de correio" ou "assaltantes de bancos".
A burca tapa todo o corpo da mulher, inclusive a cara, tendo uma rede na zona dos olhos.
As reações não tardaram a surgir, com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, Alistair Burt, a qualificar de "ofensivas" as palavras de Boris Johnson, assim como a antiga vice-presidente do Partido Conservador britânico, Sayeeda Warsi, e mesmo o Conselho Muçulmano do Reino Unido.
Em declarações à BBC, uma fonte ligada ao antigo ministro britânico considera "ridículas" as acusações de que Boris Johnson está a ser alvo, garante que Johnson não vai pedir desculpa e diz mesmo que "não devemos cair na armadilha de calar o debate em torno de questões mais delicadas".
O antigo ministro britânico dos Negócios Estrangeiros anunciou a demissão do cargo no passado mês de julho.