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UE quer uma solução para casos de Liu Xia e Gui Minhai

A União Europeia (UE) quer uma solução "em breve" para os casos de Liu Xia, viúva do Nobel da Paz chinês Liu Xiaobo, e do cidadão sueco Gui Minhai, ambos detidos pelas autoridades chinesas sem acusações formais.

Bobby Yip

"Veremos uma solução em breve porque, num caso, não há qualquer indício de infração, e no outro falamos de um cidadão comunitário, cujos direitos não estão a ser respeitados", disse o embaixador da UE em Pequim, Hans Dietmar Schweisgut.

O embaixador da UE em Pequim lembrou que estes "não são os únicos" casos de desrespeito pelos direitos humanos no país, referindo os vários advogados detidos há quase três anos, durante uma campanha repressiva contra ativistas.

"Todos estes casos são de grande preocupação, já que não respeitam as leis e constituição chinesas", afirmou Schweisgut.

"Referimo-los em várias reuniões" com as autoridades chinesas e "não vão desaparecer" da política da UE, garantiu.

Lia Xia

Uma carta divulgada no início deste mês pelo escritor chinês exilado Liao Yiwu revela que Liu Xia, que está em prisão domiciliária desde que o marido ganhou o Nobel, em 2010, está disposta a morrer em casa, como forma de protesto.

Liu Xiaobo morreu no ano passado, de cancro no fígado, sob custódia da polícia. Foi condenado, em 2009, a 11 anos de prisão por subversão, depois de ter exigido reformas democráticas na China.

Desde então, vários governos estrangeiros pediram a libertação da sua mulher, que caiu em depressão, e que se permita a sua saída do país.

Gui Minhai

Gui Minhai foi detido, em janeiro passado, pelas autoridades chinesas, quando viajava de comboio até Pequim, acompanhado de diplomatas suecos, para uma consulta médica na embaixada do seu país.

Gui era o coproprietário de uma editora de Hong Kong que vendia livros críticos do Partido Comunista Chinês.

Em finais de 2015, desapareceu na Tailândia e reapareceu meses mais tarde, sob custódia da polícia na China.

Com Lusa

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