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Situação em Ghouta oriental não melhorou apesar da resolução da ONU

A situação no enclave sírio de Ghouta Oriental não melhorou em absoluto apesar da resolução aprovada pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU que exige uma trégua na zona, assegurou esta quarta-feira a organização.

Casas destruídas pelos raides aéreos em Ghouta Oriental.
Bassam Khabieh

Segundo o responsável humanitário das Nações Unidas, Mark Lowcock, os combates continuam nessa zona dos arredores de Damasco, impossibilitando a entrada de comboios humanitários e a retirada dos feridos.

O secretário-geral adjunto para os Assuntos humanitários garantiu que 40 camiões com ajuda humanitária estão preparados para partir em direção a Ghouta oriental, mas lamentou que nada tenha mudado desde a adoção da resolução pelo CS, no sábado. A ONU está preparada para se deslocar a dez locais que estão cercados, assegurou Lowcock.

"Quando será aplicada a vossa resolução?", questionou hoje perante os membros do CS o responsável da ONU.

Desde sábado que não se registou qualquer acesso humanitário, nem autorização do regime para garantir o acesso às zonas cercadas, nem a presença de pessoal médico. Pelo contrário, bombardeamentos diários, mortos diários, feridos diários, sublinhou.

Antes da reunião, o embaixador sueco adjunto na ONU, Carl Skau, reclamou o "acesso imediato" para a ajuda humanitária. "O tempo passa, não há tempo a perder", implorou.

Após uma noite assinalada por intensos confrontos na periferia de Ghouta oriental, a aviação do regime bombardeou hoje de novo diversas localidades do enclave rebelde, onde segundo o OSDH cerca de 600 civis foram mortos desde 18 de fevereiro, incluindo mais de 100 crianças.

Lusa

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