"O governo está com aquelas (estudantes de Dapchi) que foram raptadas", declarou Buhari durante a visita à presidência de uma delegação de antigas reféns do Boko Haram, libertadas no início do mês.
"Ordenei a todas as agências de segurança do país para garantirem a segurança nas nossas escolas (...) e restituírem as raparigas raptadas às suas famílias", sublinhou o chefe de Estado.
Até agora as autoridades preferiam falar em "desaparecimento" em vez de "rapto".
Este rapto em massa fez lembrar o de 276 estudantes em Chibok em abril de 2014 que deu notoriedade internacional ao Boko Haram e levou à criação nas redes sociais do movimento "Bring back our girls (tragam as nossas raparigas de volta)".
Buhari foi eleito um ano mais tarde com a promessa de erradicar o grupo 'jihadista' e de encontrar as "raparigas de Chibok". Uma centena das estudantes sequestradas foi libertada desde então, em troca de resgates ou prisioneiros.
Na sexta-feira, o presidente pediu desculpa aos pais pelo que aconteceu em Dapchi, no estado de Yobe, e qualificou o desaparecimento das raparigas de "catástrofe nacional".
Como em 2014, reina uma grande confusão em relação às circunstâncias do ataque e as autoridades só no domingo, seis dias depois do acontecimento, confirmaram que 110 raparigas continuavam desaparecidas.
Iniciada em 2009, a revolta do Boko Haram, que pretende instaurar um Estado islâmico no norte da Nigéria maioritariamente muçulmano ao contrário do sul de maioria cristã, já causou mais de 20.000 mortos e 2,6 milhões de deslocados.
Lusa