O encontro já tinha sido admitido pelos media turcos, ao assinalarem que, após a deslocação ao Vaticano, Erdogan iniciará uma visita à América Latina que o levará à Venezuela, Brasil e Paraguai, apesar de ainda não existir informação oficial.
O Papa e o Presidente turco já se encontraram em novembro de 2014 no decurso da viagem apostólica de Jorge Bergoglio à Turquia, e em finais de 2017 Erdogan confirmou a intenção de responder a essa visita com uma viagem ao Vaticano, apesar de não terem sido reveladas datas concretas.
As relações entre a Turquia e o Vaticano têm registado momentos delicados, em particular após o Papa Francisco ter referido, numa missa celebrada no Vaticano em abril de 2015, que a perseguição e matança de arménios pelas forças otomanas no decurso da I Guerra Mundial foi "o primeiro genocídio do século XX".
Em maio desse mesmo ano, o Presidente turco acusou Bergoglio de dizer "estupidezes", numa confirmação da posição de Ancara que não reconhece como "genocídio" estes acontecimentos -- em que terão morrido 1,5 milhões de pessoas na sequência da deslocação forçada das populações arménias fixadas no leste da Anatólia --, mas antes uma das consequências do conflito mundial.
Em 29 de dezembro, Erdogan manteve uma conversa telefónica com Francisco para partilhar a preocupação sobre o estatuto de Jerusalém, após o Presidente dos EUA Donald Trump ter reconhecido a cidade como capital de Israel.
Lusa