"Parece que o Presidente Trump recebeu a mensagem dos muitos londrinos que amam e admiram os Estados Unidos e os norte-americanos, mas que pensam que as suas políticas e ações são o oposto dos valores da nossa cidade de inclusão, diversidade e tolerância", disse Khan.
"A sua visita, no próximo mês, teria sem dúvida sido recebida com protestos pacíficos maciços. Isso só reforça o erro que foi [a primeira-ministra] Theresa May ter-se precipitado a fazer o convite", acrescentou.
May foi dos primeiros dirigentes mundiais a reunir-se com Trump depois de ser eleito Presidente dos Estados Unidos e, na ocasião, propôs-lhe uma visita de Estado ao Reino Unido.
A visita que Trump cancelou na quinta-feira não era, contudo, essa visita de Estado, ainda sem data, mas uma visita oficial, em fevereiro, para inaugurar a nova embaixada dos Estados Unidos em Londres.
No Twitter, Trump afirmou que suspendeu a sua viagem porque o seu antecessor, Barack Obama, fez um mau negócio ao vender a embaixada norte-americana em Londres.
"A razão pela qual cancelei a minha viagem a Londres é a de que não sou grande fã [do facto] de a administração Obama ter vendido a embaixada provavelmente melhor e mais bem localizada em Londres por uma ninharia para construir uma nova, mal situada, por 1,2 milhões de dólares. Mau negócio. Querem que eu corte a fita. Não!", escreveu.
Construção de nova embaixada decidida por George W. Bush
A decisão de construir uma nova embaixada em Londres não foi tomada por Barack Obama (2009-2017), mas por George W. Bush (2001-2009), em 2008, segundo noticiou então a imprensa.
O jornal britânico The Guardian noticiou, citando fontes governamentais, que Donald Trump decidiu cancelar a visita a Londres por receio de ser recebido com grandes protestos.
Lusa