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"Rebelião, insubordinação e peculato"

O procurador-geral espanhol anunciou hoje que vão ser abertos processos contra "os políticos responsáveis pela declaração de independência da Catalunha". Uma medida de força que pode ser determinante para o futuro da região. O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga, revelaram esta tarde fontes oficiais do Governo espanhol.

O procurador-geral do Estado espanhol, José Manuel Maza, anunciou que a acusação contra o presidente catalão destituído, Carles Puidgemont, e o seu governo foi apresentada junto da Audiência Nacional, enquanto a acusação contra Carme Forcadell e os membros da mesa foi dirigida ao Supremo Tribunal.


Maza explicou que nas acusações é solicitado que os acusados sejam notificados, "em função da eventual determinação de medidas cautelares, atendendo à gravidade dos factos e dos delitos imputados".


O procurador-geral indicou que pedirá aos juízes que decidam as medidas preventivas contra os dirigentes, mas não especificou se estas podem incluir a detenção imediata ou a sua colocação na prisão enquanto aguardam julgamento.


A procuradoria defende uma notificação de todos os envolvidos "com caráter urgente" para que prestem declarações perante a justiça e que se "decidam as medidas cautelares que se considerem pertinentes para a garantia das responsabilidades pecuniárias em que poderiam incorrer os agora acusados".


Deste modo, pede que seja incluída "a exigência de fiança e, caso necessário, congelamento de bens na quantia que prudentemente se fixa num montante de 6.207.450 euros".


Fontes da procuradoria precisaram que se trata de apenas uma fiança desta quantidade, apesar de existirem duas acusações independentes, e que deveria ser assumida pelo grupo e solidariamente por todos os acusados em ambos os processos.


Os crimes de que são imputados os responsáveis podem ser punidos com penas de até 30, 15 e seis anos de prisão, segundo as leis espanholas.


O procurador-geral sublinhou que, "a partir de agora, o Ministério Público continuará a exercer as suas funções com imparcialidade e com a estrita observância do disposto na lei, para garantir o respeito ao Estado de direito, à ordem constitucional e ao sistema de convivência [espanhol] , gravemente afetado pelas condutas que motivam as acusações".


Com Lusa

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