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Governo de Madrid confirma que Puigdemont viajou para Bruxelas

O presidente destituído do governo catalão, Carles Puigdemont, viajou para Bruxelas, capital belga, revelaram hoje fontes oficiais do Governo espanhol. O gabinete do primeiro-ministro belga escusou-se a comentar a viagem do presidente destituído do governo catalão a Bruxelas.

Rafael Marchante

A informação, avançada pelas agências noticiosas Efe e Associated Press, foi confirmada uma hora depois de o procurador-geral, José Manuel Maza, ter anunciado a acusação contra os principais membros do governo catalão por rebelião, sedição e fraude e contra a presidente do Parlamento regional e os membros da mesa que processaram a declaração de independência.

Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, além de Puigdemont, encontram-se também na Bélgica "outros membros do Governo destituído".

PM belga não comenta viagem de Puigdemont

O gabinete do primeiro-ministro belga escusou-se a comentar a viagem do presidente destituído do governo catalão a Bruxelas, para presumivelmente se reunir com os nacionalistas flamengos do N-VA, segundo a imprensa belga.


De acordo com o tablóide La Dernière Heure, Puigdemont teria decidido Bruxelas para uma presumível reunião, a título privado, com os nacionalistas flamengos do N-VA, liderados por Bart De Wever, sem adiantar qualquer pormenor sobre o local e hora do encontro.


No domingo, o secretário de Estado do governo federal para as Migrações e Asilo, Theo Francken - que pertence ao NVA - tinha declarado a uma televisão flamenga que Puigdemont pode pedir asilo político na Bélgica.

Presidente regional nacionalista flamengo sem agenda com Puigdemont

O presidente da região belga da Flandres, Geert Bourgeois, do partido nacionalista N-VA, não tem qualquer reunião agendada com o presidente destituído da Catalunha, Carles Puigdemont, segundo disseram hoje fontes do partido à EFE.


"Não está marcada nenhuma reunião com o nosso ministro-presidente", segundo fontes do partido nacionalista Flamengo, citadas pela EFE.


Viagem de Puidemont para Bruxelas com objetivo desconhecido



O parlamento regional da Catalunha aprovou na sexta-feira a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupavam.


Ao mesmo tempo, em Madrid, o Senado espanhol deu autorização ao Governo para aplicar o artigo 155º. da Constituição para restituir a legalidade na região autónoma.


O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou ao fim do dia a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o Governo catalão, entre outras medidas.


Em resposta, já hoje, Carles Puigdemont, disse não aceitar o seu afastamento e pediu aos catalães para fazerem uma "oposição democrática", numa declaração oficial gravada previamente e transmitida em direto pelas televisões.

Com Lusa

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