"Apelamos à sociedade catalã a manifestar-se, evidentemente, de forma pacífica", disse hoje aos jornalistas o secretário-geral da associação independentista Omnium Cultural, Jordi Bosch.
Na segunda-feira à noite, um juiz de instrução decidiu pôr sob prisão domiciliária Jordi Cuixart e Jordi Sanchez, que lideram as duas principais associações independentistas da Catalunha, respetivamente a Omnium Cultural e a Assembleia Nacional Catalã (ANC).
As detenções surgiram após Madrid ter avançado com um novo prazo ao líder dos separatistas, Carles Puigdemont, que termina na quinta-feira de manhã, para que renuncie a declarar a independência da região.
Os "dois Jordis", como são apresentados pela imprensa em Espanha, fazem parte do "núcleo duro" dos responsáveis independentistas que, ao lado de Carles Puigdemont, planearam o referendo de autodeterminação de 1 deste mês.
A votação foi proibida pela justiça espanhola e está na base da crise sem precedentes que opõe o Governo central, dirigido pelo conservador Mariano Rajoy, e os separatistas, que ameaçam declarar a independência com base nos resultados do referendo (90% de "sim" e 43% de taxa de participação, segundo a organização), apesar da profunda divisão na sociedade catalã.
Lusa