"Tomar uma decisão unilateral que afeta a unidade do Iraque e a sua segurança, bem como a segurança da região, com um referendo de separação é contra a Constituição e a paz civil", disse o chefe do governo iraquiano durante um discurso transmitido pela televisão.
"Tomaremos as medidas necessárias para preservar a unidade do país", acrescentou Haider al-Abadi, sem dar mais detalhes.
O primeiro-ministro iraquiano falou depois de o presidente do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, ter mantido a consulta pública de segunda-feira e de ter afirmado que a parceria com Bagdad tinha falhado.
"A parceria com Bagdad falhou e não vamos retomá-la. Estamos convictos de que a independência permitirá não repetir as tragédias do passado", declarou o líder curdo numa conferência de imprensa em Erbil.
No mesmo discurso, o primeiro-ministro iraquiano prometeu "não abandonar os cidadãos curdos", enfatizando que o seu governo rejeita "um Estado confessional", numa referência às tentativas do grupo extremista Estado Islâmico (EI) de estabelecer um califado no Iraque.
"Rejeitamos um Estado racista", reforçou o líder iraquiano, numa alusão às tentativas de separação do Curdistão.
"O Iraque permanecerá para todos os iraquianos. Não permitiremos que o Iraque fique na posse de um ou de outro, não permitiremos que ninguém brinque com o Iraque sem pagar as consequências", concluiu.
O Iraque é predominantemente muçulmano xiita, mas também inclui muitas minorias, incluindo sunitas, turcomanos e curdos.
Lusa