O míssil lançado de Pyongyang sobrevoou a ilha japonesa de Hokkaido às 07h06 de sexta-feira (23h00, em Lisboa), informaram as autoridades japonesas.
O sistema de aviso J-Alert foi acionado em várias regiões do norte do arquipélago.
O palácio presidencial da Coreia do Sul, a Casa Azul, convocou uma reunião urgente com o Conselho de Segurança Nacional.
O Estado Maior Conjunto da Coreia do Sul, que está a analisar a situação com os Estados Unidos, indicou que o míssil foi lançado a partir de Sunan, onde se localiza o aeroporto internacional da capital norte-coreana.
A 29 de agosto, o regime de Kim Jong-un tinha usado o aeroporto para disparar um míssil de médio alcance que sobrevoou o norte do Japão.
O ministro porta-voz do executivo japonês, Yoshihide Suga, explicou à imprensa que o míssil caiu a cerca de 2.000 quilómetros da localidade de Erimo, a leste de Hokkaido, no Pacífico, sem que se tenha detetado qualquer percalço com barcos ou aviões na zona.
O ministro da Defesa sul-coreano anunciou que o exército de Seul realizou um exercício real de lançamento de um míssil balístico no Mar do Japão (a leste da península coreana), em resposta ao disparo do Norte.
O Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, agendou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para debater a situação.
A Coreia do Norte, que no início deste mês efetuou o sexto ensaio nuclear, o mais potente até agora, responde assim à oitava ronda de sanções aprovada por unanimidade, esta segunda-feira, pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O regime de Kim Jong-un tinha estendido, esta quinta-feira, a sua ameaça nuclear ao Japão e à Coreia do Sul, recriminando-os pelo "ardente" apoio aos Estados Unidos na busca de novas sanções e defendendo o desejo do exército e do povo de os "liquidar".
O regime norte-coreano acredita ser necessário "infligir um golpe" aos japoneses, que "não entraram nos eixos", nem mesmo depois de um míssil balístico intercontinental ter sobrevoado o arquipélago, cujas ilhas "deviam ser afundadas pela bomba nuclear Juché", afirmou um porta-voz do Comité norte-coreano para a Paz da Ásia-Pacífico num comunicado reproduzido na noite de quarta-feira pela agência KCNA.
Com Lusa