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Austrália diz que novo míssil norte-coreano é "sinal de frustração"

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, defendeu que o míssil lançado hoje pela Coreia do Norte figura como "um sinal de frustração" face às recentes sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.

O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull.
POOL New

"Isto é outro ato perigoso, imprudente e criminoso por parte do regime da Coreia do Norte que ameaça a estabilidade da região e do mundo e que condenamos totalmente", afirmou Malcolm Turnbull ao canal Sky News da televisão por cabo da Austrália.

A Coreia do Norte lançou hoje um míssil a partir dos subúrbios de Pyongyang que sobrevoou a ilha de Hokkaido, no norte do Japão.Trata-se do primeiro míssil disparado pela Coreia do Norte desde que foi alvo, na segunda-feira, de um novo pacote de sanções - o oitavo - aprovado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU em resposta ao seu sexto e até à data mais potente ensaio nuclear levado a cabo em 3 de setembro.

Este constitui também o primeiro lançamento de um míssil por parte da Coreia do Norte desde finais de agosto, altura em que um outro projétil também sobrevoou o norte do Japão - o que sucedeu pela primeira vez desde 2009.

O primeiro-ministro australiano reiterou que se o regime de Pyongyang "quer desencadear uma guerra [na península coreana] ou atacar os Estados Unidos ou um dos seus aliados, estará a escrever um bilhete suicida".

A presidência sul-coreana convocou, de imediato, uma reunião do Conselho Nacional de Segurança devido ao lançamento. Além disso, as tropas sul-coreanas realizaram um exercício real de lançamento de um míssil balístico no Mar do Japão (a leste da península coreana), em resposta ao disparo do Norte.

O míssil lançado pela Coreia do Norte hoje às 7:06 (23h00 de quinta-feira em Lisboa) caiu a aproximadamente 2.000 quilómetros do Cabo de Erimo, em águas do Pacífico.

O regime de Kim Jong-un tinha estendido, na quinta-feira, a sua ameaça nuclear ao Japão e à Coreia do Sul, recriminando-os pelo "ardente" apoio aos Estados Unidos na busca de novas sanções e defendendo o desejo do exército e do povo de os "liquidar".

Lusa

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