A BBC conta que a jovem Rotem Bides fez várias visitas ao antigo campo de concentração e, nessas visitas, roubou diversos artigos.
Em declarações à imprensa israelita, a mulher, de 27 anos, confessa ter agido motivada pela preocupação de que o Holocausto irá, com o tempo, "tornar-se num mito".
Já o museu-memorial de Auschwitz recorreu ao Twitter para manifestar desagrado pelo roubo, que considerou "doloroso" e "horrendo".
"Isto é doloroso, horrendo e desrespeitador. Auschwitz é preservado para servir de testemunho para o futuro. 'Arte' não justifica roubo.", pode ler-se na publicação.
Entre os objetos roubados contam-se fragmentos de vidro, pequenas taças, um parafuso e até pedaços do solo. Tudo para criar um projeto artístico.
"Não estou a dizer que tenho permissão para fazer o que fiz porque o meu avô esteve em Auschwitz. Estou apenas preocupada que, depois de todos os sobreviventes morrerem, o Holocausto se torne num mito, algo que não poderá ser palpável", disse Rotem Bides em declarações ao jornal Yedioth Ahronoth.
O museu de Auschwitz já exigiu que os objetos sejam devolvidos.