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Morreu Simone Veil, antiga presidente do Parlamento Europeu

Morreu Simone Veil, figura maior da política francesa e antiga presidente do Parlamento Europeu. Tinha 89 anos.

Benoit Tessier / Reuters

Sobrevivente do Holocausto, Simone Veil faleceu esta manhã em sua casa, em França, anunciou à agência France-Presse o seu filho, Jean Veil.

"A minha mãe morreu esta manhã em casa. Ia fazer 90 anos no próximo dia 13 de julho", anunciou.

Simone Veil escapou aos campos de concentração nazis durante a II Guerra Mundial, para onde foi deportada com 16 anos.

Figura maior da vida política e académica francesas

Antiga ministra, autora da lei de legalização da interrupção voluntária da gravidez em França em 1974, primeira presidente do Parlamento Europeu, foi uma figura maior da vida política e académica francesas.

Em 1962, foi ministra dos Assuntos Sociais, levando à sociedade francesa o debate aberto sobre a adoção e os direitos das crianças.

Foi ministra da Saúde sob a Presidência de Valéry Giscard d'Estaing, altura em que conseguiu fazer aprovar a despenalização do aborto.

Tornou-se uma figura odiada pela direita ultra-católica, chegou a ser comparada aos nazis e a casa e o carro vandalizados com suásticas.

Conhecida pelo sua forte personalidade e fidelidade aos valores republicanos, foi a primeira ministra de Estado em França, bem como presidente do primeiro Parlamento Europeu eleito por sufrágio universal.

Sobrevivente do Holocausto

Nasceu em Nice a 13 de julho 1927. Judia e membro da Resistência francesa, Simone Veil foi deportada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, na Polónia aos 16 anos, com toda a família.

Sobreviveu, mas a irmã e a mãe morreram.

De regresso a França, fez o curso de Direito, tornou-se magistrada e, em 1956, foi nomeada diretora das prisões de França.

Casou com Antoine Veil com quem teve três filhos.

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