A Coreia do Norte poderá possuir atualmente cerca de 280 quilos de urânio altamente enriquecido, afirmou hoje, durante um fórum em Seul, Lee Sang-hyun, vice-presidente do Instituto Sejong, um 'think-tank' privado que figura entre os mais influentes do país, "Dada a quantidade de material físsil nas mãos da Coreia do Norte, o país poderá ter entre 22 e 45 armas nucleares", observou o especialista em declarações reproduzidas pela agência noticiosa sul-coreana Yonhap, a propósito das suas projeções para os próximos três anos.
Lee baseia a sua projeção na crença de que Pyongyang, que reativou em 2013 o centro nuclear de Yongbyon, e aparentemente aumentou a sua produção de material para bombas, poderia elevar a sua capacidade de reprocessar plutónio a um ritmo de seis quilogramas anuais e ampliar as suas reservas de urânio em 80 quilogramas ao ano.
Lee apontou que o regime de Kim Jong-un terá utilizado urânio enriquecido para o seu mais recente teste nuclear, em setembro, e que estas melhorias tecnológicas fazem pensar que se aproxima cada vez mais do desenvolvimento de armas nucleares passíveis de serem colocadas em mísseis balísticos.
Além do ensaio nuclear de setembro, a Coreia do Norte realizou outro oito meses antes, os quais se juntaram aos levados a cabo em 2006, 2009 e 2013.
Lusa