"Qualquer ataque contra os Estados Unidos, ou algum dos nossos aliados, será derrotado, e qualquer uso de armamento nuclear será motivo para uma resposta efetiva e esmagadora", afirmou Jim Mattis, no final de uma visita de dois dias à Coreia do Sul.
Pyongyang, que ameaça regularmente Seul e os seus aliados, incluindo os Estados Unidos, realizou mais de 20 testes de mísseis balísticos no ano passado, e fez também dois ensaios com armamento nuclear, desafiando as resoluções e sanções das Nações Unidas.
De acordo com uma fonte norte-americana, referida pela Reuters, a Coreia do Norte parece ter reiniciado operações de um reator na central nuclear de Yongbyon, que produz plutónio que poderá ser usado em armamento nuclear.
"A Coreia do Norte continua a testar mísseis, a desenvolver o seu armamento nuclear e empenhada num discurso e comportamento ameaçadores", referiu Mattis.
As iniciativas de Pyongyang já levaram os Estados Unidos e a Coreia do Sul a reforçaram os sistemas de segurança defensiva. Washington planeia instalar na região, no final do ano, um sistema de mísseis de defesa, denominado THAAD - Terminal High Altitude Area Defense. Um anúncio, feito esta sexta-feira, que já mereceu a contestação imediata da China.
"Não acreditamos que esta iniciativa dos EUA vá conduzir a uma resolução da questão nuclear na Península da Coreia, nem para manter a paz e estabilidade na região", afirmou o chefe da diplomacia chinesa, Lu Kang, numa conferência de imprensa em Pequim.
Depois da visita à Coreia do Norte, o secretário de Estado da Defesa dos EUA desloca-se ao Japão, onde chega esta sexta-feira.