A maioria dos migrantes estava a bordo de duas embarcações de madeira que navegavam lado a lado, detetadas durante a noite. Cerca de 40 outros migrantes foram resgatados de uma terceira embarcação detetada na zona ao nascer do sol.
A guarda costeira italiana mobilizou para a operação de resgate um navio militar britânico integrado na operação europeia Sophia e um navio fretado pela ONG SOS Mediterrâneo, o "Aquarius".
Num comunicado, a SOS Mediterrâneo precisou que uma das duas embarcações de madeira estava a meter água, mas que todos os passageiros foram resgatados sãos e salvos.
Mais de 400 das pessoas socorridas foram recolhidas pelo "Aquarius", entre os quais se contavam "muitos eritreus, bangladeshianos, paquistaneses, somalis, mas também sírios".
Segundo o último balanço do Ministério do Interior de Itália, divulgado antes do resgate de hoje, mais de 180.300 migrantes, na maioria oriundos da África Ocidental e do Corno de África, chegaram às costas italianas em 2016.
Este número representa um aumento de 17% em relação a 2015 e de 6% em relação ao recorde de 170.100 atingido em 2014.
Por outro lado, segundo a ONU, mais de 5.000 pessoas morreram este ano na travessia do Mediterrâneo, na maioria ao largo da Líbia, o balanço de vítimas mortais mais elevado de sempre.
Lusa