"Não descartamos atos de violência. As pessoas desesperadas tendem a ser violentas", admitiu Yorgos Kyritsis, porta-voz daquele organismo grego, lembrando, no entanto, que não podem ser tratados como "criminosos".
As primeiras deportações, desde que começou a aplicação do acordo entre a União Europeia e a Turquia, de 750 migrantes, decorrerão entre segunda e quarta-feira, desde a ilha de Lesbos até à cidade costeira turca de Dikii, em dois barcos que realizarão diversos trajetos entre Mitilene e a localidade turca.
Nos últimos dias têm-se multiplicado os incidentes em vários incidentes campos de refugiados na Grécia.
Na sexta-feira, registaram-se confrontos no centro de detenção da ilha de Quios, que fizeram três feridos, e na quarta-feira os confrontos no porto de Pireu terminaram com oito feridos.
Depois da violência no centro de Quios centenas de refugiados sírios deitaram abaixo o muro, sem que a polícia os tenha impedido e dirigiram-se para as saídas da cidade com o propósito de, segundo eles, não terem de conviver com os afegãos.
Até agora, a tensão que se registou envolveu grupos de refugiados sírios e afegãos, tendo a maioria dos confrontos ocorrido durante a distribuição de alimentos.
Nas últimas 24 horas chegaram às ilhas gregas meio milhar de migrantes, dos quais 364 a Lesbos, pelo que o número de refugiados nos centros de detenção já perfaz as 6.156 pessoas.
Lusa